No dia internacional do TDHA gostaria de abrir um diálogo entre educação e saúde para que essas crianças que têm alguma dificuldade escolar, terem uma caminhada mais tranquila.
O que é o TDHA? O transtorno do Déficit de atenção e hiperatividade é uma condição neurocomportamental que inclui: impulsividade, dificuldade de atenção a determinadas tarefas e hiperatividade. Ele surge na infância (antes dos 12 anos) e persiste até fase adulta. Ele pode contribuir para baixa auto estima, dificuldade escolar e no trabalho, além de relacionamentos problemáticos.
Sua prevalência gira em torno de 5% nos escolares.
O diagnóstico é clínico (não precisa de exames laboratoriais) e é feito por um médico.
O tratamento é feito com medidas comportamentais e/ou com medicações.
E por que tratar o TDHA? Estudos mostramn que eles tê4m maior risco de abandono escolar, acidentes de carro, gravidez indesejada, tabagismo e abuso de álcool e drogas.
Dentre as medidas comportamentais:
– Orientar os pais e o paciente a respeito do TDHA e seus tratamentos
– Psicoterapia (Cognitivo Comportamental, mindfulness, técnicas de relaxamento)
– Oferecer ferramentas para ajudar na organização de tarefas do dia a dia (calendários, lista de tarefas, agenda, até a Alexia pode ajudar!)
– Orientar os pais a valorizarem as atividades que a criança tenha bom desempenho. Por exemplo: esportes, artes, música. Essas crianças recebem muitas críticas!
– Reforço positivo! Valorizar o esforço e o quanto a criança evoluiu. Não somente a nota final.
– Higiene do sono e atividade física
E na sala de aula?
– Sentar nas primeiras fileiras (longe de portas e janelas)
– Segmentar as provas e tarefas em períodos mais curtos. As Metas CURTAS funcionam melhor para eles que conseguem ficar horas sentados fazendo a prova!!! Precisam de um intervalo.
– Oferecer a possibilidade de realizar a prova em sala separada sem barulho;
– Professor checar se a criança não esqueceu de realizar alguma questão da tarefa ou prova
– Professor checar se a criança está ciente da programação de entregas de trabalhos
Combinados entre professor e aluno: se o aluno estiver “atropelando” por impulsividade a respostas dos outros, ele pode dar um toque discretamente para o aluno. Assim como se o aluno estiver desatento na aula, o professor pode chamá-lo de alguma forma previamente combinada (exemplo, dando um toque na carteira)
Solicitar ajuda das crianças/ adolescentes em sala de aula o que melhora autoestima da criança.
Enfim, as medidas comportamentais são essenciais para o manejo a longo prazo do TDHA.
Para tratamento farmacológico, quando necessário, sempre procure um médico.
Com carinho.
Dra Bianca
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