Concordamos com a Sociedade de Pediatria de São Paulo em conscientizar os pais da urgência e gravidade do uso de cigarros eletrônicos, tabaco e álcool pelos jovens e adolescentes.
Há necessidade de informações corretas. Assim sendo, gostaria de esclarecer alguns pontos sobre o tabagismo (abordaremos o álcool em outro post).
A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são PROIBIDAS no Brasil e, na última quinta-feira (08/07/22), a ANVISA decidiu por unanimidade MANTER a decisão de PROIBIR o cigarro eletrônico no Brasil.
Cigarro eletrônico É cigarro!
A dependência a nicotina é a mesma causando os mesmos danos físicos, mentais e cognitivos.
O cigarro eletrônico de última geração tem 44,8mg/dl de sal de nicotina, enquanto os cigarros eletrônicos de primeira geração possuem 2mg/dl, segundo estudo do INCA de 2016;
4) A curto e médio prazo podem causar doenças tais como: DPOC, ASMA, Doenças cardiovasculares, EVALI – lesão pulmonar associada ao ‘Vaping”. E a LONGO PRAZO, alterações e comprometimento cognitivo, ansiedade, depressão, estresse pós traumático além câncer.
Em 2020, um jovem de 17 anos nos EUA, teve que fazer transplante pulmonar DUPLO em decorrência ao uso de cigarro eletrônico!
5) O consumo de cigarro eletrônico oferece um risco 3 vezes maior para o indivíduo se tornar um tabagista. Portanto, NÃO é um aliado na cessação ao tabagismo, e sim mantém a dependência química, psicológica e comportamental;
6) Mesmo o Narguilé sem tabaco ou o cigarro eletrônico sem a nicotina oferecem danos pela presença de substâncias tóxicas como alcatrão, monóxido de carbono, óxido nítrico, hidrocarbonetos aromáticos, entre outras substâncias que irão ter como desfechos doenças cardiovasculares, câncer de pulmão, câncer de laringe, faringe, pele, bexiga e leucemia.
7) 1 hora de uso de Narguilé equivale a fumar 100 (CEM!) cigarros convencionais!
E como podemos atuar frente ao crescente uso desses dispositivos pelos adolescentes?
A base da prevenção é a FAMÍLIA.
Nela iremos pautar alguns passos para a prevenção. Pensando nisso, 12 passos foram propostos, que sào:
Família unida e com limites;
Estimular diálogo em família;
Refeição com a família unida;
Ter conhecimento do quê seus filhos fazem nas horas vagas;
Supervisionar os deveres de casa dos filhos. É importante seu filho saber e sentir que você se importa com ele;
Ter orgulho dos seus filhos: a criança precisa sentir-se amada e querida;
Incentivar atividades artísticas, culturais e esportivas;
Envolvimento em atividades sociais;
Praticar espiritualidade;
Estimular boas amizades. Tragam os amigos dos filhos para dentro da sua casa;
Não fumar e não beber antes dos 18 anos de idade;
Ser um bom exemplo para seus filhos.
Informem-se!
O diálogo e a convivência familiar podem mudar esse trajeto.
Dica de site para mais informações: www.drbarto.com.br
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