Você sabia que a cefaleia em crianças pode estar associada ao uso de telas?
As cefaleias constituem um problema de saúde tanto na faixa etária pediátrica quanto nos adultos e estima-se que entre 57-82% das pessoas até 15 anos de idade experimentarão pelo menos um tipo de dor de cabeça ao longo da vida. A prevalência de enxaqueca chega a 28% na faixa etária entre 15 anos de idade, com predomínio do sexo feminino. Na idade escolar, os meninos são mais acometidos que as meninas.
Em 2022, um trabalho que contemplava saúde visual em crianças de 4 a 16 anos de idade nos Emirados Árabes Unidos encontrou sintomas oculares em 92,3% da população estudada, especialmente em crianças que ficavam mais de três horas expostas aos monitores. Os principais sintomas encontrados foram: lacrimejamento, sensação de corpo estranho nos olhos, piscamento excessivo, sensação de olhos secos, visão borrada, dor ocular ou periorbital e fotofobia. Foi encontrada ainda uma prevalência de 22% de cefaleia nessa população
Em 2021, foi publicado outro estudo que recomendava que na investigação de uma cefaleia primária, deveria ser incluída a pergunta de quantas horas a criança fica exposta a dispositivos de mídia e quais tipos são usados. Esse trabalho compilou uma série de outros estudos que mostravam resultados semelhantes: quanto maior o tempo de exposição às telas, maior a prevalência de cefaleia, especialmente enxaqueca.
Sugestão da dra Bianca:
uso em áreas comuns da casa e não nos quartos;
períodos livres de telas !!!!
- Intercalar períodos de tela com períodos ao ar livre
- adequação do tempo de tela em relação a idade da criança
- ao usar telas para estudo: adequação da luminosidade e ergonomia
- distanciamento adequado em relação ao monitor,
- uso de filtros de luz azul